Em defesa do AE e da dignidade

Greve dia 9 nos <i>CTT</i>

O SNTCT/CGTP-IN apela à participação dos trabalhadores na manifestação nacional de hoje e convocou uma greve geral no grupo CTT para a próxima segunda-feira.

A apli­cação do «novo AE» já co­meçou a dar pro­blemas

Em causa está o ataque aos direitos, com reflexos na remuneração do trabalho. Se hoje, ao lado dos demais sectores, a luta é para travar a grave revisão do Código do Trabalho, a greve de dia 9 tem por objectivo fazer ver à administração que os trabalhadores não aceitam ficar sem o Acordo de Empresa, assinado apenas há dois anos, mas que a administração (na sua composição actual praticamente idêntica à que era presidida por Luís Nazaré até há dois meses) quer ver substituído por um acordo que foi subscrito por organizações minoritárias e para o qual pretendeu depois obter a adesão individual dos trabalhadores associados do SNTCT e dos outros sindicatos que não aceitaram o texto da empresa. Além de várias pressões, denunciadas e combatidas pelo sindicato (que já fez participações à ACT sobre discriminação salarial e faltas marcadas em dias de greve, preparando outras sobre assédio moral aos trabalhadores e imposição ilegal de normas não aplicáveis aos seus associados), os CTT ofereceram um «prémio» de 400 euros a quem aceitasse o «novo AE» e negaram a actualização salarial de 2,8 por cento a quem o recusasse.
Com o novo texto, que prevê a sua caducidade ao fim de dois anos (e que já começou a suscitar queixas), os trabalhadores acabariam por perder todos os direitos, destacando o SNTCT aqueles que têm a ver com horário de trabalho, pagamento de trabalho suplementar, promoções automáticas, regras de deslocação e transferência, funções, diuturnidades, IOS (apoio social e na saúde).


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